A vida traz-nos sempre o melhor, seja oportunidades ou desafios. 

O que tem recebido da vida todos os dias? Oportunidades ou desafios?
Sorrisos, surpresas, amor, carinho, desafios, presentes, dádivas… ou indelicadezas, surpresas desagradáveis, traições, desinteresse?…
Independentemente do que esteja a chegar até si, é exatamente disso que precisa no momento.

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Talvez esteja a pensar agora: «Calma aí, eu não mereço tamanha ingratidão!».
Será que não? Será que está mesmo a receber ingratidão ou uma grande oportunidade de se reconectar com alguma parte de si mesmo?

Refletindo sobre o nosso exemplo, se a ingratidão o incomoda é porque valoriza, e muito, a gratidão. Será que realmente tem sido grato na mesma proporção da sua cobrança aos outros? Será que não existem muitas outras coisas que poderia agradecer diariamente, mas que nem sequer se lembra disso na maioria das vezes?

Quando dizemos ao Universo que prezamos a gratidão, Ele traz-nos a oportunidade de desenvolvermos isso dentro de nós. A mesma coisa se processa e desenvolve para todas as outras questões.

Tudo tem uma razão para acontecer

Nada vem para a nossa vida que não seja realmente importante para o nosso crescimento.
Nada acontece por acaso! Tudo acontece pleno de sincronicidade, para nos ensinar a ir mais fundo dentro de nós mesmos e nos reconectar com a experiência mais importante para a evolução da nossa vida.
Tudo é uma grande oportunidade de reconexão com a nossa própria essência.

Vamos ver se faz sentido?

Pense em algo que tenha dentro de si muito bem resolvido. Por exemplo, o seu trabalho. Talvez realize o seu trabalho com tanta dedicação e se mantenha sempre atualizado que dificilmente algo sairá errado. Talvez goste tanto de jogar futebol, ou de ler, ou de colecionar alguma coisa que nem sequer se afeta se alguém diz que isso não é bom.

Recorde… o que persiste, resiste.

Pode ser qualquer coisa que tenha bem resolvida dentro de si.
O que acontece nestes casos? Quando algo está muito bem resolvido dentro, nada que venha do lado de fora é capaz de o desequilibrar ou desestabilizar, não é verdade?

Faz sentido? Procure e reflita sobre outros exemplos da sua própria vida antes de continuar a ler… Se voltarmos ao exemplo original da ingratidão, onde se sente afetado, será que a questão está realmente bem resolvida dentro de si?

Só nos afeta aquilo que ainda não resolvemos ou que temos alguma pendência não solucionada dentro de nós.

Aprenda com as ‘coisas negativas’

A vida presenteia-nos diariamente. Ajuda-nos sempre. Quando ela traz a dor, não é porque nos quer magoar, mas sim, porque quer fazer-nos reconhecer o que precisamos ajustar para sermos realmente felizes. Quando resolvemos um ponto definitivamente dentro de nós, isso nunca mais volta a afetar-nos.

A bebida ou o cigarro só são uma tentação para quem ainda tem este vício ou para quem não o venceu por completo. Quando isso está bem resolvido, nem sequer permite que isso o afete, nem sequer pensa nisso.

A partir de agora, ao invés de resistir às ‘coisas negativas’ que a vida lhe traz, manifeste no seu dia a dia, acolha-as. Aceite aprender com elas!

Perceba o que cada uma lhe quer mostrar. Tenha coragem de ir dentro de si, refletir e permitir trabalhar a questão que o incomoda dentro de si e assim tudo se libertará, seja lá o que for, e nunca mais voltará a afetá-lo.

Aceita o desafio? A oportunidade?

Se sim, faça o seguinte exercício para crescer, ao longo de uma semana:

Pegue numa folha de papel e divida-a em duas colunas.

Na primeira coluna, anote tudo o que se for lembrando em relação ao que a vida lhe traz e que talvez o incomode.

Anote cada detalhe: «o comportamento das pessoas que trabalham comigo, o comportamento que o meu filho tem quando o chamo à atenção, a forma como o meu chefe me vê, a forma como o mundo fala comigo...».

Anote tudo! Talvez necessite de mais de uma folha...

Depois de uma semana, volte ao início das suas anotações, analise e reflita sobre cada questão, e anote de seguida, na segunda coluna, o que sente que a vida lhe quer ensinar com isso.

Talvez tenha ainda alguma dificuldade. Se a tiver, passe essa questão ou questões e passe para aquelas que forem mais simples de perceber. Depois volte àquelas onde resistiu.

Dê um tempo, dê-se um tempo de integração desta informação, uma semana para pensar bem em cada questão e colocar na segunda coluna o que tem para aprender.

Passadas as duas semanas (uma para anotar o que a vida lhe traz que o incomoda e a outra para colocar a aprendizagem que a vida lhe está a mostrar para aprender), acolha cada uma das questões, uma de cada vez, e trabalhe-a dentro de si até que consiga resolvê-la e aprender a lição.

Lembre-se, só a terá resolvido quando a mesma experiência voltar a acontecer e não o afetar.

A vida irá testá-lo! Seja vigilante e tenha uma excelente aprendizagem!

Repita este exercício de tempos a tempos até que não tenha mais nada para colocar na primeira coluna. Talvez leve um mês para não haver mais nada a ser colocado na folha, talvez um ano, talvez dez anos, talvez a vida inteira… quem sabe, até mais de uma vida! O tempo, na verdade, não importa.
O que importa é você perceber que, dia após dia, a sua lista está diminuindo ou, pelo menos, as questões estão a mudar.

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Ana Pedroso
Terapeuta Familiar e Professora
geral@annamikii.org
www.annamikii.org

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