Há programas perfeitos. Os que divertem tanto o público em casa como os artistas no estúdio.
O “Furor” era assim. Música, dança, risos e a alegria como prémio final!

Fazer o “Furor” fez furor na minha vida de produtora. Adorei aquele despique sonoro entre homens e mulheres, onde no final ninguém ganha nada, a não ser litros de adrenalina e uma t-shirt colorida para ensopar a euforia musical.

Furor era um programa de música que tinha uma particularidade: a esmagadora maioria dos convidados não eram cantores, mas estavam lá para dar a sua voz, por menos melódica que fosse, a lindas canções.

O programa vivia de uma série de jogos que alimentavam, em teoria, uma renhida «guerra» entre homens e mulheres.

Os «concorrentes» de cada equipa eram pessoas realmente conhecidas, das mais diversas áreas de atividade, e as regras mandavam que só existisse um cantor e uma cantora para cada lado. E eram eles que mais se arrepiavam com as interpretações. Não as suas, claro, mas as dos colegas. Sobretudo, quando cantavam em coro, ou devo antes escrever: coiro!!!

Esta secular disputa só tinha um árbitro: Bárbara Guimarães, a apresentadora, que decidia quem ganhava, usando como critério os motivos mais variados, onde o que pesava menos eram mesmo os dotes vocais. Um divertido formato internacional com muito espaço para a nossa imaginação.

O co-apresentador era a exceção, porque esse sim, cantava. O Miguel Dias andava de bancada em bancada a tentar afinar e abafar as fífias dos nossos convidados vips que, por mais compenetrados que estivessem de si, metiam quase sempre dó.

TG

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