Pôr um ponto final numa relação não é o fim. Um testemunho que nos ensina a tirar partido da aprendizagem

O que não nos mata torna-nos mais fortes!

Na maior parte das vezes, arrastamos relações que sabemos que estão condenadas à partida, por variantes de um mesmo fator: o medo. E por ele, perdemos anos de vida, autoestima, amigos e até metemos em causa laços familiares.

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Desrespeitar alguém, não é só trair. Nem bater. Há palavras que doem mais do que uma chapada – e não há ditado sem fundo de razão. Os medos fazem com que as pessoas se retraiam. Medo de perder – o que já está perdido. Medo de ter de começar de novo. Medo de sair do patamar desconfortável, mas que é mais confortável que o desconhecido. Medo de dar razão aos outros. Um sem-fim de medos que ‘lixam’ a vida dos inseguros. E quando finalmente tomam uma decisão, percebem as toneladas que saíram de cima e pensam: porque não fiz isto mais cedo?

Claro que cada um reage de uma forma diferente na hora de pôr um ponto final numa relação. Sim, temos de respeitar as decisões que cada um toma e o caminho que segue. Mas, como avisar do perigo eminente? Como evitar a colisão? Não se evita. Isto porque tenhamos a idade que tivermos, vamos sempre querer provar que os outros estão errados, quando a verdade está na frente dos nossos olhos, mas ‘o maior cego é aquele que não quer ver’. E quando ‘o ver para querer’ nos faz pensar no ‘quem te avisa teu amigo é’, então, é porque descobriu o caminho para a cura.

Ninguém é vítima da ‘vida’. As coisas acontecem sempre por alguma razão. Eu não acredito que fui uma bruxa na encarnação passada, nem que estou a pagar sei lá pelo quê. Se pensarmos bem, bem, bem, há coisas bem piores que uma relação falhada. Por isso, a minha postura perante a vida é sempre positiva. Sofro que nem uma louca, mas o tempo é um bom amigo – e sempre faço umas viagens.

Não tendo a receita para a cura, vitimizarmo-nos não é solução. E, se há coisas que me mexem com o sistema nervoso é a voz de um(a) coitadinho(a). Não deixe que ninguém sinta pena. Não é um bom sentimento neste campo amoroso. Quem não nos quer, pois bem, não nos merece. Temos de lidar com a adversidade de frente. Tirar partido da aprendizagem e viver a vida. Chorar, sim. Porque não? Faz bem extravasar as emoções. Parta pratos, sei lá. Mas, não queira ser coitadinho, por favor! Pôr um ponto final numa relação também é isso.

Sabe… nunca ter desilusões de amor, é um privilégio dos imbecis. E nunca se esqueça de que de todos os impérios, o mais vasto e absoluto é o do amor-próprio – fica o desabafo.

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Solteira aos 30
solteiraaostrintas.blogspot.pt

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