Pensamento positivo, dicas para viver bem, por Carlos Baltazar

Aprenda a enquadrar positivamente o pensamento positivo

Ninguém tem o real poder de controlar o fluxo dos seus pensamentos, mas todos podemos escolher perspetivas ou pontos de vista mais produtivos para o que pensamos, sentimos ou observamos.
Ou seja, o pensamento é incontrolável e caótico na sua origem, mas a nossa consciência atenta pode escolher aqueles que quer desenvolver, separando-os daqueles que simplesmente deve deixar passar.

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Como cria a sua própria visão da realidade? Recebe informação do mundo exterior, interpreta, dá significado às coisas e aos acontecimentos e chega a certas conclusões.

Mas, nada disto acontece sem passar pela Matriz do seu modelo do mundo e sistema de crenças que foi laboriosamente criando ao longo da sua vida.

Neste processo, não sucede que valorize alguns dos elementos ou pedaços de informação e apague ou distorça outros?
E é curioso que, quando percebemos que isto é inevitável, acabamos por ganhar uma inesperada liberdade.

Temos duas escolhas possíveis:

  • Não usar esta liberdade e dar toda a importância a todos os detalhes dos problemas, ao mesmo tempo que desprezamos os nossos recursos ou as possibilidades de soluções. Como se um problema tivesse o poder de se transformar numa montanha enquanto as oportunidades e as soluções se reduzissem a montículos.
  • Por outro lado, temos a liberdade de habitar o campo das possibilidades e amplificar os nossos recursos, criatividade e escolhas eficazes. Assim, observando com distanciamento os motivos dos nossos efémeros sustos, naturalmente se tornarão pequenos relevos as montanhas que antes pareciam os problemas.

E não, não se trata de fingir que os problemas não existem (embora alguns só se desenvolvam na nossa fértil imaginação).

O segredo é mesmo elevar o nível de consciência.

Pensamento positivo - Eleve o seu nível de consciência

É verdade que também existe a estratégia escapista de fazer de conta que não temos desafios para resolver, dilemas para quebrar ou bloqueios para remover. Mas, sabemos todos muito bem que virar a cabeça para o lado é diminuir o grau de presença e descer no nível de consciência.
Ao elevarmos o nível de consciência, temos o poder de dirigir o seu foco para ganhar uma visão mais ampla e abrangente que nos permite obter mais informação, encontrar mais escolhas e, fundamentalmente, dispor de mais recursos.

Será que, em circunstâncias de desafio, bloqueio ou dilema, as pessoas podem escolher entre sentir a frustração que paralisa ou a confusão que é o princípio de uma nova realidade?
Ou podem decidir que aquilo que sentem não é ansiedade, mas sim, excitação perante o novo e o desconhecido?
Mudar o foco de consciência é abrir a porta para um novo campo de possibilidades que se estende à nossa frente.

A mente é esfomeada, precisa de informação, de significados, de histórias. Se não a alimentarmos, ela irá servir-se de tudo para continuar a comer.
Podemos alimentá-la com pensamentos e representações mentais de qualidade. Podemos levá-la para espaços de tranquilidade, onde ela se aquiete através de meditação. Podemos interessá-la com nova informação, podemos ensiná-la a atribuir significados mais poderosos, de acordo com os nossos critérios de crescimento, coerência e alinhamento com os valores mais importantes.
Ou podemos deixá-la consumir junk food (comida ‘lixo’). Uma das formas é vaguear pelo passado, recolhendo histórias de fracasso ou sofrimento. Ou pelo futuro, criando uma barriga de ansiedade.
Outra maneira é deixá-la ligada à televisão...

Como aprender a ser feliz?
É bem sabido que a melhor forma de aprender é ensinar.
Pode, então, ensinar a sua mente a ser feliz? Considere esta possibilidade.
Estou a adivinhar algumas reações – «Eu não sei fazer isso, não conheço o caminho da felicidade, como o posso ensinar a alguém, ainda que esse alguém seja eu?».
‘Como se’ é um enquadramento que usamos muito na PNL (programação neurolinguística).
Assim, se ainda não for fácil ensinar-se a ser feliz, o que faria se soubesse?
Ou o que faria se achasse que era capaz?
Ou o que atingiria se, no seu íntimo, estivesse seguro de que o merece?
...
Experimente.

A liberdade de ser feliz passa pela escolha de pensar melhor e, ao pensar melhor, abrem-se ainda mais possibilidades de escolhas, num ciclo virtuoso sem limites. É essa a virtude do pensamento positivo. 

Agora, se a liberdade de ser feliz faz parte da nossa verdadeira natureza, como pode o nosso pensamento empobrecer? Fundamentalmente, pelo medo e pela desistência de aprender. O medo é a emoção mais útil quando nos protege de perigos imediatos e presentes e a mais terrível quando nos contrai e limita em apertadas zonas de (des)conforto.

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Carlos Baltazar
Master e Trainer em PNL
www.pontedepartida.com
baltazarkar@gmail.com

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