PNL – um upgrade nos seus pensamentos. Já atualizou o seu ‘Sistema Operativo Mental’?  A resposta é claro que não. As pessoas não são computadores.

Por outro lado, à medida que se vão tornando mais complexos, os computadores são cada vez mais parecidos com as pessoas. Assim, aproximadamente nos anos 70, começaram a utilizar-se expressões tecnológicas como metáforas de processos mentais. Não porque os humanos sejam máquinas, mas porque as máquinas estão cada vez mais parecidas com os humanos.

A programação neurolinguística (PNL) nasceu neste contexto, na Universidade de Santa Cruz, Califórnia, local de intensa produção académica em diversas áreas, entre as quais as ciências humanas e comportamentais. Em PNL significa que todos os resultados que as pessoas produzem – comportamentos, resultados externos, ou estados anímicos – são o efeito de uma sequência de acontecimentos cognitivos que, quando ativados, dão lugar a um determinado desfecho.

Isto é excelente quando, consistentemente, os resultados gerados fazem as pessoas sentirem-se bem, saudáveis, felizes e integradas no mundo. Se o processo está programado, então, não há necessidade de nenhum esforço consciente para o produzir e podemos dar-nos por felizes pela competência do nosso programador inconsciente. Nestas situações, alguns de nós limitam-se a espreguiçar-se e a dizer coisas como: «Sou o máximo, não sou?».

Por outro lado, quando os resultados produzidos são insatisfatórios e deixam uma sensação interior de desconforto, frustração, angústia ou vazio, as pessoas podem perguntar-se algo como: «Mas porque é que eu continuo a fazer isto a mim próprio?».

Do ponto de vista da PNL, o processo e esforços utilizados para produzir uns e outros é precisamente o mesmo. Naturalmente, os acontecimentos fisiológicos divergem, mas não é disso que se trata.
Apesar do nome pomposo, a PNL não se debruça sobre os acontecimentos neurológicos que ocorrem na estrutura cerebral em determinado momento.

A PNL dá uma nova cor ao que lhe passa pela cabeça

Ao invés, a PNL oferece-lhe algo muito mais útil – a capacidade de intervir consciente e deliberadamente nos processos cognitivos que produzem estados ou comportamentos indesejados. Ou, ainda, incentivar processos e estratégias mentais que já produzem estados desejáveis. Afinal, toda a gente tem a capacidade de gerar estados de alegria, motivação, autoestima, autoconfiança, resiliência. Algumas pessoas conseguem produzi-los sistematicamente, e então diz-se – passe o simplismo da descrição – que têm uma personalidade forte e saudável. Outras pessoas produzem este tipo de estados de forma mais intermitente e dizem de si próprias que têm uma personalidade mais frágil. Do ponto de vista da PNL, o que umas e outras têm são estratégias diferentes que, por conseguinte, produzem resultados diferentes. Assim, colocam-se duas questões:

  • 1 - Qual a diferença que torna estas pessoas tão diferentes no que diz respeito à sua capacidade de produzir resultados?
  • 2 - Será possível mitigar esta diferença tendo apenas como recurso a experiência subjetiva de cada pessoa? (já lá vamos!)

A PNL procura responder de forma sistemática a estas perguntas. Relativamente à primeira, a PNL propõe-se, através do desenvolvimento de inúmeras técnicas e ideias-chave, identificar estratégias de sucesso na produção de determinados resultados desejáveis, desenvolvendo formas de ensinar esses modelos a outras pessoas. Por isso, muitas pessoas se referem à PNL como a arte da excelência. Vamos utilizar de novo a linguagem informática. Já se imaginou a dizer:

«Como seria bom poder fazer um download de persistência e concentração, eliminando de vez todos os bugs de indecisão que me cracham o sistema de cada vez que tento iniciar um software novo!».

Metáforas à parte, é precisamente isso o que a PNL lhe propõe. Se alguma vez produziu persistência e concentração, então, o seu corpo sabe como o fazer. A PNL ensina-o a ensinar o seu corpo a fazer de novo, e de novo, sempre que seja necessário (e ecológico!)

 

O incrível poder da experiência subjetiva

Numa explicação sucinta, utilizar a experiência subjetiva significa utilizar conscientemente a nossa experiência percetiva quotidiana, a qual, basicamente, é feita de imagens, sons e sensações. Isto inclui o que vemos no nosso mundo interior, o que vemos no exterior, os sons, as palavras que dizemos – a nós e aos outros – e as sensações que tudo isto produz. Podemos, portanto, transformar a nossa experiência quotidiana utilizando apenas os recursos que temos disponíveis na nossa experiência imediata? Bom, a verdade é que o fazemos a todo o momento. Imagens, sons e sensações são a linguagem de programação que a nossa mente utiliza para produzir seja o que for. Em PNL, fazemo-lo conscientemente, dando um novo poder à nossa preciosa experiência subjetiva do mundo. Ao fazê-lo, seremos, de forma cada vez mais deliberada, programadores dos efeitos que criamos.

Eis o grande desafio que a PNL coloca: assumir a responsabilidade.exe.

Enter!
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Ricardo Vilaverde

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