Sabia que 15 minutos por dia podem mudar a sua vida?

 

Praticar mindfulness

Toda a vida quis fazer mais, ter mais, ser mais! Desde os 12 anos que me sinto numa busca incessante de respostas, de uma compreensão maior do mundo e de mim mesma que me permitam expressar de forma livre e autêntica quem sou na essência e não quem julgo que sou ou quem acho que tenho que ser por influências ou comparações externas.

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Esta motivação, aliada a uma energia inesgotável e à capacidade de ter várias atividades profissionais, artísticas e criativas ao mesmo tempo, desenvolvendo todas com entrega e muito perfecionismo, levaram-me a expandir-me pessoalmente, mas também me conduziram a uma ameaça de saúde, há 2 anos, que me obrigou, de imediato, a parar, sob pena de ter que ser operada e passar, pelo menos, 1 mês de cama a recuperar.

Parar obrigou-me a reequacionar os termos em que estava a viver a minha vida e a perceber que aquilo que procurei toda a vida fora de mim: satisfação criativa, reconhecimento, fortalecimento do meu amor-próprio, tinham estado toda a vida aqui, dentro de mim, à espera de serem reconhecidos e alimentados diariamente através da pausa, do descanso, mas essencialmente através da prática da atenção consciente, ou mindfulness.

Reserve 15 minutos para praticar mindfulness

De há 1 ano e meio para cá reservo de manhã estes 15 minutos diários para praticar mindfulness e nunca com tão pouco contribuí para mudar tanto na minha vida!

A atenção plena permite-nos desenvolver a consciência da nossa testemunha interior ou o eu observador que nos observa a pensar, a agir e a sentir e esse desenvolvimento da consciência de nós, daquilo que nos move permite-nos também entrar em contacto direto com a nossa essência, com quem somos de verdade, o que, por sua vez, me permitiu compreender com clareza as minhas reais necessidades.

O poder da paz interior e da calma

Em educação financeira, uma das bases para uma gestão equilibrada dos nossos recursos é a distinção entre necessidades e desejos, entre o que precisamos para viver e aquilo que apesar de desejarmos, podemos viver sem que isso afete o nosso bem-estar ou felicidade.

Parece simples, mas na sociedade que cultiva o consumismo permanente como forma de identidade, é extremamente difícil distinguir necessidades de desejos, não apenas no plano dos nossos recursos materiais, mas também em relação aos nossos recursos emocionais.

Percebi isso intensamente quando comecei a reduzir o meu nível de atividade profissional e comecei a sentir-me muito mais calma, feliz, com menos projetos, menos prazos, menos exigências, e sim, menos dinheiro, mas muito, mas muito mais prosperidade, que por sua vez atraiu ainda mais abundância material.

A paz interior e a calma são a base necessária à construção da verdadeira prosperidade, mas se repararmos, a maior parte da literatura e autores fala incessantemente em fazer, fazer isto, fazer aquilo, este plano de ação, um novo plano de ação, naquela que é a armadilha subtil da sociedade global: a armadilha do fazer, da sobreocupação, que pressupõe na sua base que sejamos e atuemos como máquinas incansáveis sem necessidades emocionais, afetivas, relacionais, criativas, etc., refletindo um permanente medo da sobrevivência.

Autoria: Susana Albuquerque
My Soul Project™

Fotografia: Zen Energy

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